segunda-feira, 8 de outubro de 2007

"REVIEW – 1x08 – DE QUEM É A CULPA"

Apesar de muito criticado por causa dos cortes de cena e adaptações julgadas desnecessárias, o episódio da última quarta-feira foi um dos melhores até o momento. A atuação das atrizes estava afinadíssima – As comentarei mais detalhadamente... – e os takes oscilaram entre o dramático e o engraçado, como deve ser.

A narração de Sônia Braga continua "férrea", "mórbida", "tétrica"… Arranje os adjetivos que quiser, menos "boa", "ótima", "espetacular", "excelente" ou qualquer sinônimo neste sentido! Algumas vezes, anteriormente, eu cheguei a elogiar o esforço da ex-Gabriela. Porém, sinto-me envergonhado em ter de retirar todo este meu enaltecimento e implorar por uma regravação! A única parte em que a atriz foi feliz foi na cena em que sua personagem, Alice Monteiro, entrega o revólver para sua amiga, Lígia Salgado (Tereza Seiblitz)… Isso porque ela ficou calada e com um sorriso simpático no rosto! Após e quanto a isso, não tenho mais nada a acrescentar!

Agora deixemos os mortos e cuidemos dos vivos!




Lucélia Santos, com suas caras e bocas, às vezes chega a ser engraçada, mas, ao mesmo tempo, forçada. Não que eu não goste da atriz. Muito pelo contrário, sou fã. Porém um admirador com um senso crítico afiado. Foi bom os bordões de Suzana Mayer terem sumido um pouco do roteiro, tipo o "É mesmo?". Agora, que a cena dela ficando entalada naquele buraco no chão entre o segundo e o primeiro andar foi inegavelmente engraçada – Pelo menos pra mim. Uma mulher pequenininha, magrinha, fica presa numa abertura que ela mesma produziu com um pulo, balançando as pernas e agoniada por ajuda. Se analisarmos aquela cena dela com as crianças da Lígia conseguimos rir. Afinal, os gêmeos chegam à cintura da senhora Mayer! As outras partes também ficaram boas, mas nem tanto quanto as duas citadas acima.


Viétia Zangrandi continua arrasando, tratando Elisa Fernandes com um asseio e genialidade brasileira de espantar. Do início ao fim atuou extremamente bem. Porém, duas cenas ficaram memoráveis: a em que sua personagem limpa com as amigas o palco do atropelamento de Alzira Solis e tem seu rosto sujo de sabão pela fúria de Lígia, e o take do carro, com todo aquele discurso e os sorrisos trocados entre ela e seu marido, Ricardo Fernandes. Aquela frase, "Eu acredito nos pobres..." foi "uó" - No bom sentido... -, foi o que mostrou todo o preconceito existente no coração da puritana e aristocrata mãe de André e Fabiana. Parabéns pra Viétia, a cada dia me surpreendendo cada vez mais!



Franciely Freduzeski também atuou bem neste episódio. As cenas no hospital, com o jardineiro João – Que até hoje está sem sobrenome… - e com o padre ficaram muito boas. O discurso dela com o religioso cheirou sarcasmo, exatamente o que eu queria. Ela disfarçando entre as flores pra conversar com o seu jovem amante foi o de menos, mas também ficou legal. Neste episódio, senti gosto na interpretação da atriz paranaense. Em relação aos episódios anteriores, ela foi 100%!



Isadora Ribeiro continua com sua qualidade corporal e interpretativa! A carga de cinismo, de garota mimada e de braveza que ela vem dosando alternadamente à sua personagem é simplesmente fantástica! A última cena dela com a personagem de Vera Gimenez, Marta Ramos, foi muito boa. Ela mostrou exatamente este contraste de choro e raiva, em especial naquela parte em que ela lamenta a vizinha estar expulsando-a de casa e logo após ela dizendo, furiosa: "Eu vou fazer algo melhor! Eu vou embora hoje!". Isadora maravilhosa! Continue assim – Parece que eu ouvi estas últimas duas palavras na pré-escola…

Ah, falando em Marta Ramos… Paulo Monteiro (Paulo Reis) revelou toda a sua obscuridade na cena do assassinato de sua vizinha mau-caráter. Quando a jarra bateu na cabeça da mulher eu até estremeci. O barulho afundou na minha carne, congelou-a de modo a deixar-me apreensivo. Ficou perfeita o take do enforcamento. Os olhos de Vera Gimenez pareciam saltar para for a e a força que Paulo Reis parecia lhe empregar no pescoço parecia descomunal. PERFEITA, nota 10!



Bem, é costume meu deixar o melhor pro começo ou pro final. Então, vocês perceberam a atriz ausente? Tereza Seiblitz! Apesar de muito criticada por causa do roteiro que ela teve de seguir, com os tais cortes de cenas e adaptações desnecessárias, a nossa Lígia Salgado foi PERFEITA! Muitos disseram que ela pareceu uma louca neste episódio. De fato, ela pareceu uma doida. Mas, sinceramente, a mim essa sandice me arrancou muitas risadas! A cena em que ela pede pros garotos ficarem quietos e logo após quebra meia cozinha, com aquela música de fundo, ficou HILÁRIA! Cereais, bolachas pra todas as partes, todos apreensivos, até mesmo assustados. A morta aparece, oferece a arma e ela percebe que tudo aquilo não passa de um frenesi desesperado. Aliás, a parte dos escoteiros também se mostrou ótima, mas não tão engraçada quando a da cozinha! Completa a interpretação de Tereza… Completa, engraçada, chocante…

Enfim, é isso pessoal. Aguardemos o próximo episódio!

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