quarta-feira, 16 de abril de 2008

REVIEW - 4x11 - SUNDAY

Confesso que não foi nada fácil ficar tantos dias sem Desperate Housewives sabendo que a série estaria às mil maravilhas se não fosse aquela maldita greve. Mas, enfim, o glorioso domingo chegou e eu pude dar graças a Deus – literalmente! – pela volta das donas de casa de Wisteria Lane.

Todos nós sabemos que o Marc Cherry cria os episódios conforme as datas em que eles são exibidos. Isso acontece na maioria das séries norte-americanas. Pois bem. Quem ainda não sabe, saiba: o papa Bento XVI está desde ontem visitando os Estados Unidos e talvez a intenção do "pai" de DH, digamos, foi conciliar a passagem mais religiosa da série com a chegada do sumo pontífice... Eu acho!

Religião. Este foi o assunto-mor de Sunday. Contudo, o episode foi maravilhoso por outras coisas também. E foi tão bom, mas tão bom, que eu pensei muito antes de escrever o que vocês agora lêem.

Houve uma verdadeira partilha de atenção neste episódio, pois a trama envolveu todos os protagonistas e coadjuvantes de uma forma que beirou a igualdade, fazendo com que o telespectador ficasse atento quanto às mínimas frases, aos mínimos gestos...

Porém, nada me impede de começar com a mais nova estória que floresceu na terra fértil de Fairview: a ida da família Scavo para a igreja. Do nada, Lynette que, não só ela, mas toda sua família, precisava dos rituais que por durante tanto tempo desprezara, que não sabia nada sobre Deus ou Jesus e precisava conhecê-Los, e que as graças que recebera durante os últimos meses precisavam ser agradecidas. Também viu que, assim como ela, sua família era ignorante nos assuntos religiosos. Tanto que um dos gêmeos relutou, dizendo que conhecia Cristo, "o cara que ajuda o Papai Noel no Natal".

"Vistam-se, crianças! Vamos à igreja!", ordenou imediatamente Tom, em mais um momento de constrangimento ante a esposa.

Mas quem introduziria os Scavo nos assuntos da religião? Quem melhor na vizinhança que Bree Hodge? Depois de um diálogo onde a ex-senhora Van de Kamp e o doutor Orson deixam mais uma vez clara a sua "aversão" pelo catolicismo, Lynette vai parar numa igreja presbiteriana, onde interrompe o serviço dominical (ou culto, caso prefiram) para fazer perguntas ao reverendo, o que deixa Bree muito constrangida, principalmente quando a vizinha lembra a assembléia que é amiga da ruiva.

Mais tarde, as duas têm uma conversa que deixa a animada Lynette muito magoada e, no domingo seguinte, Bree é obrigada a adentrar – fazendo um sinal-da-cruz e ajoelhando-se um tanto a contragosto – a igreja católica do outro lado da rua para tentar convencer a amiga a voltar para o presbiterianismo. E, depois de um diálogo meio que filosófico, a avó-mãe de Benjamin percebe que sua fé é oca, pois não é feita de questionamentos, mas de respostas jogadas ao vento, e Lynette diz estar confortável em meio aos católicos, os únicos que não a julgam por ter tantos filhos.

Diálogos inteligentes, cômicos e dramáticos foram o forte da relação Bree-Lynette neste episódio.

Gabrielle renovou seus votos matrimoniais com Carlos e só depois descobre que o seu "três meses, no máximo quatro" cego talvez seria uma eternidade. Judiou dele até não poder mais, fazendo-o tropeçar onde pudesse e colocando água suja no ensopado. Mas, por fim, depois de uma discussãozinha básica, os dois fazem do "na saúde e na doença" algo realmente verdadeiro. E parece que a relação do senhor Solis com a avassaladora Edie Britt terminou de uma vez só, visto que a mesma descobriu que uma jóia cravejada de diamantes que ganhou dele não passava de uma bijuteria barata. Mas parece que a relação de amor-ódio entre a Solis e a Britt não parou por aí, visto que foi Edie que ocasionou a discussão já relatada. Porém, tudo se resolveu e bola pra frente. Vamos ver o que acontecerá no próximo episódio.

Ah, a Susan! Ri demais com as situações que ela viveu no Sunday! Tim, seu primo "tarado", chegou para fazer as contas, conquistas corações – e outras coisas mais... – e fornecer algumas peças pro quebra-cabeça envolvendo Katherine Mayfair (vide logo abaixo meu comentário sobre a participação dela no 4x11). E ela, como sempre, teve suas situações de constrangimento quase surreal... Pois, não é possível que uma pessoa seja tão azarada quanto ela!

Não, imagina! Ela sabe que o primo é um garanhão e faz de tudo pra que ele não se envolva com ninguém na vizinhança, muito menos as menores de idade. Da cozinha pra rua, da clínica de reabilitação de Mike pra casa, ela ficou correndo de cá pra lá, de lá pra cá, tentando impedir que Tim fizesse alguma besteira. E, por fim, ela presenciou talvez a cena mais grotesca da sua vida: Katherine... transando com seu primo!

"E, a propósito, seu peito está de fora!", "Oh, pelo amor de Deus, Tim! Cubra isso!" e "Se alguém precisar de mim, estarei no shopping comprando lençóis!" são algumas das frases pronunciadas durante o flagra e que talvez eu nunca esqueça, pois a Teri como sempre fez disso um boom sem tamanho – o que deixou a cena muito mais engraçada que o esperado! O que ela disse quando saiu da clínica onde Mike está internado também foi muito engraçado: "(...) essa visita foi mais pela Julie. (...) Logo ela estará indo pra universidade e quero que [Mike] fale sobre o perigo das drogas. Mate ela de medo, Mike!". E sai correndo, quase batendo a cara na porta.

Demais!

Agora, vamos ao CASO MAYFAIR...



No início do episódio, algumas cenas do passado de Katherine são mostradas. Agora, eu a considero uma coitada, não uma vilã. Afinal, ela só bateu – e talvez matou... – o seu antigo marido, o senhor Davis, pois o mesmo a machucava demais, com atos e palavras. Inclusive, uma das brigas foi presenciada pelo primo de Susan, o Tim, que à época era o jovem amante de 16 anos da nova vizinha de Eagle St. Nela, nessa discussão, Katherine acabou por acertar o ex-marido com um candelabro, que caiu no chão desacordado... ou morto. E ele contou tudo isso pra Susan! Vamos ver o que vai virar, se ela vai contar pras amigas e tal...

Mas voltemos ao caso...

As informações estão muito divergentes. No início do episódio, Katherine é mostrada chorando aos pés de um suposto túmulo que eu supus ser do seu ex-marido. Mas depois Adam Mayfair garante a Dylan, quando ela vai pedir explicações sobre o quase extinto bilhete de tia Lilly, que seu pai está vivo e que a moça não sabia o quanto sua mãe o amava...

E é isso!

Muitas coisas ainda estão no ar, muitas estórias para se continuar... E Desperate Housewives vai seguindo o seu caminho, indo em direção ao futuro incerto, tão incerto quanto uma maçã guardada em casa que hoje pode estar num perfeito estado, mas, amanhã, podre por causa de negligências de ontem...

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