[REVIEW] Look Into Their Eyes and You See What They Know (5x19)

Eu nunca entendi muito bem, ao longo de alguns anos Lynette Scavo foi à minha personagem favorita, mas ela foi perdendo a graça, após isso fui me afeiçoando com a Bree, que se eu não me engano, ela nem era Hodge na época, nesta 5ª temporada minha idolatria ficou para Eva Longoria com sua Gabrielle Solis, igual aconteceu na temporada passada com a Katherine Mayfair de Dana Delany. Contudo, seu eu parar para pensar e observar, a minha personagem preferida sempre foi Edie Britt, porque diferente das outras ela sempre foi somente Edie, uma personagem simples que nunca precisou ter câncer, virar alcoólatra, ficar gorda ou ter sofrido violência doméstica para me comover. Edie sempre foi perfeita por sua simplicidade. Por ser humana e errar. E sempre teve quotes brilhantes.

O motivo apresentado por Marc Cherry para retirar Nicollette Sheridan do elenco da série foi simplesmente bizarro. Corte de custo? Sinceramente! E também nem quero me apegar a isso, pois com essa despedida, Desperate Housewives apresentou o melhor episódio da temporada (aliás, de várias temporadas), um dos melhores da série e com certeza, o episódio que mais me fez chorar em toda minha vida.

Tentar explicar todos os acontecimentos deste episódio é quase impossível, pois ele não foi somente “ações”, ele teve algo a mais, um fator indescritível e beirou a perfeição. O elenco estava ótimo, Nicollette Sheridan em particular, estava perfeita, o roteiro nunca foi mais inspirado, todas as memórias foram para amolecer qualquer um e fazer chorar como uma criancinha (ok, esse pode ter sido só eu).

Foi ótimo ver Edie alertando a Susan sobre a traição do Karl, também foi super emocionante vê-la falando com a Bree como uma pessoa centrada e abrindo os olhos da amiga. Mas acima de tudo os momentos da Edie com a Lynette, Gabrielle e Mrs. McCluskey foram maravilhosos. Nesses momentos que nós vimos à verdadeira Edie, a Edie que sempre foi a minha favorita, pois uma característica da personagem foi sempre falar a verdade, doa a quem doer, mas desta vez ela estava fazendo isso para ajudar alguém ou se ajudar. Ouvir a personagem dizendo: "Eu o amo bastante para permitir que ele me odeie" – Quebrou minhas pernas. Foi tão tocante, tão digno e tão inesperado.

E falando nisso, a relação de Edie com seu filho sempre foi um ponto curioso. E tudo ficou tão claro neste episódio com essa frase que foi citada acima. Não era esperada outra reação do Travers, filho da Edie, aquele foi um momento para nós, os telespectadores, e funcionou.

Andei lendo alguns outros comentários e a única critica que pude perceber, claro, além da Edie estar realmente morta, foi terem usado o mesmo esquema do episódio 100. Realmente esse é um pequeno ponto contra. Mas, não funcionou melhor? Então estou satisfeito.

Edie vai ser uma personagem que irá fazer falta, ainda mais agora e não me pergunte o porquê. Talvez seja por ela ter sido o sopro de esperança no meio da temporada e agora ela está simplesmente morta. Se a personagem tivesse realmente morrido na season finale da 3ª temporada ou realmente não voltasse mais após aquela briga com todas as “housewives” na temporada passada, teria sido menos chocante, menos inquietante. Mas esse episódio foi tão Edie e como eles nós podemos ver que ela não irá voltar. Não há como não chorar, se emocionar ou ficar revoltado. Marc Cherry cometeu mais um erro. E agora eu só torço para ver Nicollette Sheridan em outra série.