Entrevista da Franciely Freduzeski para O GLOBO
O que motivou você a aceitar o convite da RedeTV!?
Além de ter sido um convite para viver a minha primeira protagonista, eu já tinha assistido à série e me identifiquei com a personagem, que é uma das minhas favoritas.
O que mudou na sua rotina ao ter que gravar na Argentina? Isso atrapalhou outros projetos de trabalho?
Tive que me adaptar às idas e vindas ao Brasil, mudar a minha rotina diária. Também precisei me adaptar ao frio e ao idioma, mas isso tudo foi ótimo. Aprendi muitas coisas, conheci vários lugares e fiz novas amizades. Não pensava muito em outros projetos. Minha torcida agora é para que a série faça sucesso.
E a família? Como foi ficar tanto tempo longe?
Todos tiveram que se acostumar. Quando eu não estava no Brasil, meu filho, Lucas, de 5 anos, e o meu marido iam para a Argentina. O esforço valeu a pena.
Existe algo em comum entre você e sua personagem?
Gabriela é muito alegre, sincera e despojada. É uma mulher cheia de sonhos, está sempre em busca da felicidade e gosta de ser amada e cortejada. Ela também adora um glamour, roupas, compras, perfumes, cremes e estar atualizada com o que acontece no mundo. Também sou assim. Gosto de estar sempre bonita. Assim como eu, ela adora praticar esportes. Na série, gravei várias cenas me exercitando.
O que achou da estrutura montada para o elenco?
Todo o elenco ficou em uma grande casa com vários lofts. A cenografia, a produção de arte e o figurino são cedidos pela Disney, que toma o maior cuidado com a qualidade, como todos sabem. Não deixa nada a desejar a uma produção feita pela TV brasileira.
Como foi o entrosamento entre as protagonistas? Criou-se um clima de amizade entre vocês?
O clima sempre foi ótimo. Desde o primeiro dia, eu me adaptei a todas. Não tive problema. Parecia que já estávamos juntas há muito tempo. Inclusive, quando juntava as quatro para gravar, a equipe ficava louca, pois a gente não parava de rir e fofocar o tempo todo.
O que fazia em Buenos Aires quando não estava gravando?
Ia a restaurantes, shoppings, teatro. Fui a um show de tango maravilhoso, no hotel Faena. Levei meu filho aos parques, zoológicos e fiz algumas aulas de tango. Aos domingos, há duas feiras ótimas para se passear, uma em Palermo e a outra em Santelmo. Posso dizer que conheço mais Buenos Aires do que muito argentino.
Como foi gravar com o frio intenso e a neve que caiu na cidade nas últimas semanas de trabalho?
Fui a que mais sofri por causa do meu minúsculo figurino. Tive até uma inflamação muscular no ombro por causa disso, mas sobrevivi e digo que vou sentir falta. Quando nevou, era feriado e não gravamos. No dia seguinte, a cidade cenográfica estava coberta de gelo. Tivemos que cancelar as cenas externas e fazer somente as internas.
Nas gravações, havia atores, produtores e técnicos argentinos. Como foi a comunicação entre vocês?
No início, pedíamos que eles falassem mais devagar. Também tínhamos um tradutor nos acompanhando em cada unidade. Hoje, posso dizer que entendo tudo e estou me comunicando muito melhor. Posso ir para qualquer lugar falando espanhol e, às vezes, portunhol. Na maquiagem, tinha música brasileira todos os dias. Acho que eles eram mais fãs das nossas músicas do que os próprios brasileiros. Vamos sentir saudades!
Com o fim das gravações, o que pretende fazer profissionalmente?
Pretendo tirar alguns dias de folga. De preferência, num lugar bem quente. Depois, vou analisar os novos projetos que estão surgindo. Torço para que a série seja bem-sucedida. Acho que vai ser muito bom para todo mundo.
Então, se houver uma segunda temporada, você aceita fazer o seriado novamente?
Sim. Sou fã. Adoro interpretar a Gabriela. Como falei, quero que seja um sucesso. Acho que está se abrindo uma porta pequena que se tornará grande.
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