quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Entrevista com a Lucélia

Antes de começar a gravar Donas de casa desesperadas, a atriz Lucélia Santos não conhecia a série americana Desperate housewives. Mas foi só alugar a primeira temporada para ficar "adicta" mesmo, a ponto de comprar a segundo temporada. Depois de cinco meses de trabalho duro, a estréia da versão brasileira na Rede TV!, no dia 15, que conquistou 5,1 (média) pontos de audiência, deixou Lucélia feliz. "O programa tem ótima qualidade técnica e a dramaturgia é genial. A gente acredita naquelas pessoas", diz a atriz que interpreta a desenhista Suzana Mayer, divorciada, um tanto atrapalhada e solitária.

"A grande qualidade do autor Marc Cherry foi reunir a comédia e o humor cáustico, o drama, o suspense, o thriller e a ação policial. Isso não é nada fácil, por isso também fez tanto sucesso nos Estados Unidos e em todo o mundo".

A produtora argentina Pol-Ka Producciones merece todos os elogios da atriz e não foi por acaso que foi escolhida pela Buena Vista e Disney para gravar a versão argentina, colombiana e a mexicana, em espanhol neutro, para ser distribuída em outros países de língua hispânica.

Na imprensa carioca, as críticas apontaram as amarras da produção ao reproduzir enquadramentos e seqüências exatamente como os originais. "Mas esse foi o contrato assinado", explica Lucélia, certa de que é melhor para os brasileiros assistir às cenas gravadas com seus conterrâneos.

A dublagem das crianças argentinas também é apontada pela crítica como ponto fraco. "Disso, eu também não gostei. As dublagens costumam ser muito complicadas", admite.

Aos 50 anos, Lucélia teve que fazer um grande malabarismo para dar conta das gravações em Buenos Aires, onde foi morar em abril, sempre voltando ao Rio nos finais de semana para dar continuidade ao filme Um amor do outro lado do mundo, de sua produtora, a Nhock, e a Diler. "No meio de tudo isso, fui várias vezes para China, porque parte do filme foi feita lá", conta a atriz-produtora, que ficava 35 horas dentro do avião e ainda tinha que enfrentar 12 horas de jet lag.

O produtor Diler Trindade é só elogios à companheira. "Lucélia é uma guerreira e grande atriz, que viveu vários meses em uma ponte-aérea tríplice". A estréia dos filmes ainda não está marcada. "Mudamos o projeto inicial e, agora, faremos dois filmes e uma minissérie de quatro capítulos", adianta Diler.

Lucélia enfrentou a maratona porque é apaixonada pela China, país em que vai morar assim que se aposentar e dominar a língua mandarim.

"Na China, me sinto em casa. É uma questão de carma. Lá, tudo dá certo para mim", reconhece a protagonista de a A escrava Isaura que, em 1976, arrebatou os chineses. Primeira novela a ser exportada pela TV Globo, é considerada hoje o produto mais dublado e exibido no gênero telenovela do mundo, segundo a pesquisa feita pelo programa americano Good morning America.

Muitas coisas mudaram desde que Lucélia Santos começou a freqüentar a China, ainda estava sob o regime comunista. "É um outro país. Gosto muito da cultura, da gastronomia", resume a atriz que ficou tão popular, que tornou-se jurada de festivais e acompanhou presidentes brasileiros em visitas oficiais. "O diretor Walter Avancini costumava dizer que eu devia ter uma sala no Itamaraty", diverte-se a mãe do ator Pedro Neschling.

Apesar da longa ausência, a casa de Lucélia Santos continuou organizada e limpíssima, mania que ela assume. "Eu devia ter feito o papel de Elisa (Vétia Zangrandi) na série Donas de casa desesperadas. Posso até ser enganada durante a minha ausência, mas, antes de chegar ao Rio, o pessoal lá de casa, treinadinho, dá banho até nos cachorros", conta.

3 Comentários:

Fabio Nascimento disse...

Mauricio.

Aceito sim. Já coloquei o seu blog entre os meus "Blogs/Site Recomendados".

Abraços

Anônimo disse...

Lucelia Santos es uma atriz maravilhosa! Wonderful... Um bejo da Italia!

Anônimo disse...

Lucelia Santos es a melhor atriz do Brasil: maravilhosa! Bejos da Italia!

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