terça-feira, 7 de outubro de 2008

[REVIEW] 5x02 - WE'RE SO HAPPY YOU'RE SO HAPPY

POR ANTÔNIO PRADO

Assisto Desperate Housewives há mais ou menos dois anos e, de lá pra cá, acompanhei todos os episódios. E, passadas tantas coisas, tantos anos, eu nunca pensei que Wisteria Lane estivesse tão próxima de um colapso, de um desespero tão profundo que chega até a doer...

Quando Mary Alice disse "Previously on Desperate Housewives…", eu senti meu coração se encher novamente de esperança, de expectativa por boas risadas mesmo que em meio às tribulações há muito antevistas. É claro que em algumas cenas eu soltei boas gargalhadas, sim, e por nada deixarei de comentá-las. Mas é que todo o resto foi tão sombrio que chegou a ser tétrico.

Sentimentos muito ruins começaram a se expor de dentro do coração das donas de casa de Fairview. Não que antigamente eles não existissem, mas agora eles estão se potencializando. E eu sinto, cá comigo, que a qualquer instante, quem sabe numa season finale de tirar o fôlego, isso vai explodir e ficaremos estáticos como nunca estivemos antes.

Muitas pessoas julgam o mistério envolvendo Dave um tanto, digamos, previsível. E é exatamente aí que todos irão se surpreender. Afinal, nunca imaginamos que a nossa querida vizinhança chegaria a esse tão lastimável ponto, mas chegou...

Gabrielle, por exemplo. Só através de uma humilhação dos diabos e mais uma lição maravilhosa que só o coração de seu marido Carlos pode dar ela finalmente parece ter aprendido que ela não é mais a mesma, que ela precisa se conformar para viver. Que as noites de gala em companhia de Michelle Downing não são tão importante quanto suas filhas ou amor que envolve confusamente os Solis.

Mas nem só de coisas melancólicas vivem os latinos!

Os gritinhos da Gaby diante dos clientes de Carlos no meio da sala, a casa dela toda desarrumada, pior que a da Lynette de anos atrás, o cônjuge cego sendo enganado e acenando para o nada enquanto a suposta imprensa tira fotos dele e o abre-porta-fecha-porta enquanto ela tem uma pequena conversa hilária com Bree foram coisas que realmente me renderam boas risadas.

Continuando com Susan, acabo por me perguntar o mesmo que MJ: "Quem é você, Jackson?". Só um cara legal que ajuda a alimentar a luxúria da senhora Mayer e nada mais? Será que você não percebeu, mesmo depois de ter conhecido o Mike, que ainda existe alguma coisa entre eles, que dentro dos olhares trocados ainda existe um grito de socorro daquela que quer um amor verdadeiro?

Eu não sei o que pensar, sinceramente. Só algumas coisas ficaram bem definidas, como, por exemplo, o fato de Maynard aparecer nos momentos mais inoportunos – e eu adoro isso! Também gostei bastante da parte que o Jackson começa a usar o seu truque aprendido com o segundo ex-marido de Susan (afinal, não existe algum outro que ele precise conhecer, certo?), a mordida no lóbulo, e logo depois ela diz que foi violada. Querida, violada você já foi faz tempo! Acorda! :P

E a cena do restaurante também foi muito legal! "Toma conta do meu amigo...". Qualquer coisa pra se livrar de um mal-entendido, hein, Susan? Aliás, seu velho enrosco voltou por alguns minutos pra atazanar, não é? Karl e seu maravilhoso senso de humor! A citação "De encanador pra pintor? Subindo a escola social tão rápido assim você vai acabar tonta!" foi uma das melhores dele até hoje. O Mayer é ótimo! E ótimo mesmo foi ter notícias – mesmo que inúteis! – da nossa queria Julie.

Eu não acredito que cair sempre vá te ensinar a se levantar, mas que levar um tombo de vez em quando é bom pra saber o quão difícil é se reerguer. E era exatamente disso que Lynette estava precisando: cometer um erro e depois descobrir a lição por trás dele.

O problema já começou na desconfiança dela quanto à relação de seu filho, Porter, com o traficante da escola, Jimmy. As coisas só foram se agravando e se agravando, a ponto de ela mesma conduzir o filho a se apaixonar por um tal alguém que nem existia. E guardar ainda mais dentro de si o ódio que sente por si mesmo, por não poder conversar com a mãe porque simplesmente não consegue. Simplesmente porque os laços se perderam em algum lugar lá atrás e se mostram tão difíceis de encontrar...

As boas tiradas do episódio em relação aos Scavo foram, em especial, as do Tom ("Vai contar logo a verdade ou vai esperar ele me matar e se cegar logo depois?" e "Ei, um de nós precisa sobreviver para contar a história aos outros!"), e o "Oh, my God, oh, my God, oh, my God!" da Lynette depois de ter percebido que enviou a mensagem com um singelo e completamente revelador "Com amor, mamãe". Genius! :P

Bree, ah, a Bree! Dói-me tanto ter que criticá-la!

Sinceramente, nunca pensei que algum dia seria necessário eu dizer que estou sentindo a senhora Hodge – o sobrenome desentupidor de pia – caminhar para a vilania. Nunca pensei que algum dia ela teria sangue frio para vexar uma amiga como a Gabrielle, nem que diria palavras tão duras a Orson, capazes de transformar ele mesmo em uma pessoa fria a ponto de exigir que ela fizesse-lhe o jantar enquanto estava tão exaurida a ponto de chorar.

Desde a morte do Van de Kamp – o sobrenome que desliza na língua – eu nunca vi a ruivinha de Wisteria Lane tão desesperada. Em cada lágrima que ela deixou partir dos olhos eu vi um pedaço de todos os sentimentos que agonia que ela vinha guardando dentro de sua caixinha, lá no fundo do seu coração, desde toda a eternidade. Foi isso, principalmente, que me fez fazer o comentário que fiz no início deste post.

E sinceramente torço pra que a nossa querida Bree saia logo desse caminho. Apesar de, bem lá no fundo, desejar que isso tudo continue. Afinal, são dessas situações que parte a maioria das boas histórias de Marc Cherry.

Agora, vou tecer alguns comentários sobre o senhor Williams. Durante o episódio, eu fui anotando algumas coisas sobre ele. Gostaria que vocês lessem e, caso possam, deixassem um comentário, dizendo se concordam ou não comigo:

- A moral de bolso de Dave me irrita até o último fio de cabelo! Aliás, o seu personagem me irrita demais. Talvez porque nele haja muita hipocrisia e se há algo que eu odeio é exatamente isso.

- Não gostei nada de ver a senhora McCluskey sendo manipulada por ele só por causa de um pedido de desculpas à Edie. Mas, afinal, ele precisa defender a sua estadia em Wisteria Lane.

- E Karen começa a caçada! Que a corrida atrás do passado de Dave comece!

Apesar de algumas pessoas terem considerado esse episódio "muito normal", eu o achei de trivial importância para o desenvolvimento da história – como todos os outros capítulos o são, é claro. Afinal, Desperate Housewives é como se fosse um quebra-cabeça: se você perde uma só peça, pode até ser que você consiga deduzir que imagem é aquela... mas se disso dependesse a sua vida, talvez seja tarde demais...

Bem, é isso! Estou muito animado MESMO é pelo 5x03, Kids Ain't Like Everybody Else, onde vamos assistir a luta do século entre Gabrielle e Susan! Em qual das duas mães enfurecidas vocês apostam?

E enquanto semana que vem não chega, vou acompanhando as notícias e escrevendo-as pra vocês, leitores do Housewives Desesperadas!

Fica com a gente e até o próximo review!

1 Comentário:

Anônimo disse...

Eu adoro a Bree.. Mas não posso deixar de dizer: Este lado de vilã dela está me a deixar louco!! No bom sentido é claro !! Ela é tão maravilhosa quando age friamente!!
Tirando a Susan e a Katherine, todas as histórias me estão a deixar muito curioso. Ah, e só pra saberem, estou a adorar este lado negro qe a 5ª temporada das Housewives nos trouxe!!

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