4x16 E 4x17 – THE GUN SONG E FREE - DESPERATE HOUSEWIVES
POR ANTÔNIO PRADO
Pra começar, gostaria de dizer que essa não foi mais uma season finale, mas a season finale. Pelo menos a greve trouxe algo bom para os fãs da série de Marc Cherry: um episódio de duas horas ou, se preferir, dois capítulos seguidos sobre as vidas das desperate housewives de Wisteria Lane.
Foi muito emocionante! Muitas pessoas mortas, outras feridas – no corpo e no coração -, outros tanto flashbacks e visões de um futuro que conheceremos em breve, idas e vindas, brigas e reconciliações, enfim, completo e perfeito são dois adjetivos que eu posso usar pra definir tudo.
Aquilo que muitos desconfiavam foi confirmado: a “verdadeira”, a primeira Dylan foi morta numa fatalidade e Katherine, tentando se livrar do diabo – aliás, esse episódio esteve cheio de demônios... – Wayne Davis, acaba por adotar uma criança muito parecida com sua filha falecida, a Dylan que nós conhecemos já na adolescência e que não conseguia conviver com a falta de memórias de sua suposta infância. Tudo isso era conhecido de tia Lilly que, aliás, ajudou a enterrar a que morreu.
Por fim, depois de um seqüestro violento, Adam consegue escapar do cativeiro e, por amor e ódio, acaba arrancando das mãos de Wayne a arma de Katherine e atirando nele, deixando-o estirado no chão da sala e livrando a senhora Mayfair e Bree do rapto. Num repente de raiva, Katherine acaba dando um tiro de misericórdia em Davis.
Tudo acaba com as donas de casa de Eagle St. ajudando Katherine a livrar-se da polícia de favorecimento de Fairview, fazendo com que todo o fato seja conhecido como decorrente de legítima defesa. Tudo termina com Dylan reaparecendo e dando um abraço na mãe e, cinco anos depois, anunciando seu casamento.
Enfim, esse núcleo foi muito tenso e, repito, emocionante. Nunca tinha sentido tanto o meu coração numa season finale quanto essa. E espero que a próxima temporada valha a pena. Espero e tenho certeza que valerá!
Bree, ah, a Bree! Como sempre, quando não consegue ser perfeita, mantém as aparências. Mas nesse episódio foi difícil, principalmente com a briga em alto e bom som entre o reverendo-metido-a-garanhão e Orson Hodge, envergonhando a ruiva diante de toda a assembléia, a tentativa de transportar o bendito querubim para a festa de casamento de Bob e Lee, quando foi quase atropelada por um caminhão e acabou toda desarrumada, e no momento em que esteve sob a mira do revólver do impiedoso Wayne. Por pouco ela não entrega os pontos. Sorte dela que o seu quase ex-marido estava a seguindo a todo instante e estava ali, para lhe dar o apoio necessário. E, por fim, nós ficamos sabendo que eles continuam juntos, com Bree tornando-se uma ricaça dona de buffet famoso, tento como empresário o antes garçom da pizzaria dos Scavo, seu filho, Andrew.
A conversa entre Bree e Orson, sentados no porta-malas do carro, beirou a comoção. Mas não aquela coisa de fazer chorar. É mais um daqueles momentos bem Desperate Housewives em que você aprende algo. Uma lição de moral legal, que você aceita. Nesse episódio, com os Hodge, nós aprendemos uma coisa: conviver com a culpa de nosso companheiro é melhor que jogar uma vida de amor fora.
Agora é esperar pra ver Benjamin grande, se Danielle volta e se Andrew tomou jeito, se Bree continua a mesma perfeitinha de sempre e como ela se encaixará no mistério da próxima temporada...
A dureza com a qual ele tratou a POSSUÍDA – Pra não dizer ENCAPETADA, ENCARDIDA, ENDIABRADA, entre outros adjetivos relacionados ao Coisa-Ruim... – Kayla, a Estranha, sua filha com a falecida e de quem a garota herdou o talento de estragar a vida alheia, Nora, foi exemplar. Cara, nem Supernanny daria jeito naquela coisinha, a Gloria Hodge versão infantil, não é verdade? Talvez um exorcista... No mais, palmas pro Savant!
Lynette indo pra cadeia: eu não posso explicar o que senti. Foi um misto de raiva – não dela, claro! – com dó, mais ou menos. Fiquei aliviado ao vê-la de volta pra casa e a saída de Kayla da mesma. Gostei mesmo. Aquela garotinha já tinha enchido muito o saco. Pior será se, no futuro, a tal voltar a infernizar a vida da senhora Scavo... E ela tentando fazer cisnes com guardanapos? Hilário!
Estou vendo que os Solís vão passar pelas mesmas situações que os Scavo tiveram que enfrentar na 1.ª temporada: uma prole endiabrada que só falta rachar o Mundo ao meio! Espero muito que seja assim mesmo, pois DH só é DH quando há não só mistério sobre mistério, mas problema sobre problema...
E sobrou-nos Susan, Mike e... Maynard, que era pra ser Philip, Nathaniel, Boto Peyton – Misericórdia! -, Lucas, Mitchum, Unitas, Riley ou "Assobio-Grito-'Venha-Garoto'!" e que depois virou Conner pra, por conta de bonitas palavras de Mike sobre seu avô recém-falecido, voltar a ser Maynard.
Ufa, o moleque mal nasceu – na verdade, já tem cinco anos, mas... – e já sofre com a indecisão da mãe e palpites alheios. Gabrielle enaltecendo seu nome, Lynette – como sempre! – fazendo uma piadinha e Bree dando uma aula de Geografia sobre como Maynard (alemã) + Delfino (italiano) = 2.ª Guerra Mundial foi demais!
No mais, é só esperar pra saber o que aconteceu com o Mike e no quê aquele novo companheiro da Susan, o Ken – Hey, Barbie! -, vai contribuir para o mistério da próxima temporada...
Edie Britt voltará? Mike morreu ou aconteceu mais um divórcio na vida de Susan? Como será a vida de Gabrielle? Os filhos de Lynette tomarão jeito? A jovem Kayla voltará para enfernizar a vida da madrasta? Bree será a mesma do passado? Beyoncé realmente participará da nossa querida série?
São tantas especulações!
E ficaremos aqui, com os bons e velhos spoilers, especiais, entrevistas, fotos e etc, até que o futuro prossiga!
Avante!
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