sexta-feira, 23 de maio de 2008

4x16 E 4x17 – THE GUN SONG E FREE - DESPERATE HOUSEWIVES

POR ANTÔNIO PRADO

Pra começar, gostaria de dizer que essa não foi mais uma season finale, mas a season finale. Pelo menos a greve trouxe algo bom para os fãs da série de Marc Cherry: um episódio de duas horas ou, se preferir, dois capítulos seguidos sobre as vidas das desperate housewives de Wisteria Lane.

Foi muito emocionante! Muitas pessoas mortas, outras feridas – no corpo e no coração -, outros tanto flashbacks e visões de um futuro que conheceremos em breve, idas e vindas, brigas e reconciliações, enfim, completo e perfeito são dois adjetivos que eu posso usar pra definir tudo.


E se eu não começar esse review falando de Katherine Mayfair estarei cometendo um erro imperdoável. Afinal, tudo concorreu para que o segredo que ela guardava sobre sete chaves fosse revelado. Revelação essa que refletiu na vida de todos os outros personagens, de uma forma ou de outra.

Aquilo que muitos desconfiavam foi confirmado: a “verdadeira”, a primeira Dylan foi morta numa fatalidade e Katherine, tentando se livrar do diabo – aliás, esse episódio esteve cheio de demônios... – Wayne Davis, acaba por adotar uma criança muito parecida com sua filha falecida, a Dylan que nós conhecemos já na adolescência e que não conseguia conviver com a falta de memórias de sua suposta infância. Tudo isso era conhecido de tia Lilly que, aliás, ajudou a enterrar a que morreu.

Por fim, depois de um seqüestro violento, Adam consegue escapar do cativeiro e, por amor e ódio, acaba arrancando das mãos de Wayne a arma de Katherine e atirando nele, deixando-o estirado no chão da sala e livrando a senhora Mayfair e Bree do rapto. Num repente de raiva, Katherine acaba dando um tiro de misericórdia em Davis.

Tudo acaba com as donas de casa de Eagle St. ajudando Katherine a livrar-se da polícia de favorecimento de Fairview, fazendo com que todo o fato seja conhecido como decorrente de legítima defesa. Tudo termina com Dylan reaparecendo e dando um abraço na mãe e, cinco anos depois, anunciando seu casamento.

Enfim, esse núcleo foi muito tenso e, repito, emocionante. Nunca tinha sentido tanto o meu coração numa season finale quanto essa. E espero que a próxima temporada valha a pena. Espero e tenho certeza que valerá!

Bree, ah, a Bree! Como sempre, quando não consegue ser perfeita, mantém as aparências. Mas nesse episódio foi difícil, principalmente com a briga em alto e bom som entre o reverendo-metido-a-garanhão e Orson Hodge, envergonhando a ruiva diante de toda a assembléia, a tentativa de transportar o bendito querubim para a festa de casamento de Bob e Lee, quando foi quase atropelada por um caminhão e acabou toda desarrumada, e no momento em que esteve sob a mira do revólver do impiedoso Wayne. Por pouco ela não entrega os pontos. Sorte dela que o seu quase ex-marido estava a seguindo a todo instante e estava ali, para lhe dar o apoio necessário. E, por fim, nós ficamos sabendo que eles continuam juntos, com Bree tornando-se uma ricaça dona de buffet famoso, tento como empresário o antes garçom da pizzaria dos Scavo, seu filho, Andrew.

A conversa entre Bree e Orson, sentados no porta-malas do carro, beirou a comoção. Mas não aquela coisa de fazer chorar. É mais um daqueles momentos bem Desperate Housewives em que você aprende algo. Uma lição de moral legal, que você aceita. Nesse episódio, com os Hodge, nós aprendemos uma coisa: conviver com a culpa de nosso companheiro é melhor que jogar uma vida de amor fora.

Agora é esperar pra ver Benjamin grande, se Danielle volta e se Andrew tomou jeito, se Bree continua a mesma perfeitinha de sempre e como ela se encaixará no mistério da próxima temporada...


Como disse meu amigo Maurício depois de ver a season finale: "Doug Savant é o cara!". Realmente: o Tom nunca esteve tão bem como neste episódio. O discurso que ele fez para os gays de Wisteria Lane, sobre como o amor dele por Lynette sobreviveu a um tornado, a um câncer e otras cositas más foi, digamos, maravilhoso. Depois daquele poema declamado pela Mrs. McCluskey em memória da falecida Ida Greenberg, esse foi a coisa mais bonita que eu ouvi na 4.ª temporada de DH.

A dureza com a qual ele tratou a POSSUÍDA – Pra não dizer ENCAPETADA, ENCARDIDA, ENDIABRADA, entre outros adjetivos relacionados ao Coisa-Ruim... – Kayla, a Estranha, sua filha com a falecida e de quem a garota herdou o talento de estragar a vida alheia, Nora, foi exemplar. Cara, nem Supernanny daria jeito naquela coisinha, a Gloria Hodge versão infantil, não é verdade? Talvez um exorcista... No mais, palmas pro Savant!

Lynette indo pra cadeia: eu não posso explicar o que senti. Foi um misto de raiva – não dela, claro! – com dó, mais ou menos. Fiquei aliviado ao vê-la de volta pra casa e a saída de Kayla da mesma. Gostei mesmo. Aquela garotinha já tinha enchido muito o saco. Pior será se, no futuro, a tal voltar a infernizar a vida da senhora Scavo... E ela tentando fazer cisnes com guardanapos? Hilário!


"Força de Deus", na maravilhosa explicação do significado dos nomes por Mary Alice, apareceu mais uma vez mostrando que sua vida nunca mais será a mesma, ou seja, a futilidade ficará com o passado – literalmente! Com Carlos cego e mergulhada numa crise financeira sem precedentes, Gabrielle acaba por roubar mais de US$100,000 da traficante fugitiva, sua hóspede e supostamente sua amiga, Ellie. No final do episódio, no futuro, vemos Juanita, uma de suas filhas, tentando parecer uma "supermodel" qual a mãe, e Celia, correndo embrulhada em um vestido

Estou vendo que os Solís vão passar pelas mesmas situações que os Scavo tiveram que enfrentar na 1.ª temporada: uma prole endiabrada que só falta rachar o Mundo ao meio! Espero muito que seja assim mesmo, pois DH só é DH quando há não só mistério sobre mistério, mas problema sobre problema...

E sobrou-nos Susan, Mike e... Maynard, que era pra ser Philip, Nathaniel, Boto Peyton – Misericórdia! -, Lucas, Mitchum, Unitas, Riley ou "Assobio-Grito-'Venha-Garoto'!" e que depois virou Conner pra, por conta de bonitas palavras de Mike sobre seu avô recém-falecido, voltar a ser Maynard.

Ufa, o moleque mal nasceu – na verdade, já tem cinco anos, mas... – e já sofre com a indecisão da mãe e palpites alheios. Gabrielle enaltecendo seu nome, Lynette – como sempre! – fazendo uma piadinha e Bree dando uma aula de Geografia sobre como Maynard (alemã) + Delfino (italiano) = 2.ª Guerra Mundial foi demais!

No mais, é só esperar pra saber o que aconteceu com o Mike e no quê aquele novo companheiro da Susan, o Ken – Hey, Barbie! -, vai contribuir para o mistério da próxima temporada...

Edie Britt voltará? Mike morreu ou aconteceu mais um divórcio na vida de Susan? Como será a vida de Gabrielle? Os filhos de Lynette tomarão jeito? A jovem Kayla voltará para enfernizar a vida da madrasta? Bree será a mesma do passado? Beyoncé realmente participará da nossa querida série?

São tantas especulações!

E ficaremos aqui, com os bons e velhos spoilers, especiais, entrevistas, fotos e etc, até que o futuro prossiga!

Avante!

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