A experiência que Viétia Zangrandi tem como atriz é grande. Boa parte do público de tevê, no entanto, não a conhece tão bem. Com várias peças, alguns filmes e também novelas no currículo, ela já foi protagonista, trabalhou no exterior e tornou-se até a vilã preferida de Silvio Santos em um determinado período. Atualmente, vive a perfeccionista Elisa, de Donas de Casa Desesperadas, da Rede TV!
Mas como seus principais trabalhos foram feitos no SBT, parece um rosto novo para muita gente. "Ser atriz é como ser Cinderela. Você vive um ótimo personagem, recebe carinho e reconhecimento do público por um tempo e depois volta para a sua vida real, comum", compara a atriz, ao falar das idas e vindas da profissão.
O convite para integrar o elenco da série veio de Fábio Barreto, cineasta que dirige a versão brasileira da produção. Ele já conhecia o trabalho de Viétia de dois filmes que ela fez, Bocage - o Triunfo do Amor, filmado em Portugal, e Memórias Póstumas de Brás Cubas, em que a atriz interpretou a personagem Virgília.
Apesar de não saber se a Rede TV! produzirá ou não a segunda temporada ¿ que marca 4 pontos no ibope ¿ Viétia sente-se satisfeita com o fato de ter ganhado aquela que considera a melhor personagem da história. "De todos os trabalhos que fiz esse é um dos que mais me exigiu e deu prazer. Tudo o que a Elisa fala é contraditório ao que sente e tenho de saber brincar com isso", explica a atriz.
A indefinição em relação ao futuro profissional - o contrato com a Rede TV! vence no próximo dia 31 de dezembro - não angustia Viétia. Ela, aliás, nunca desperdiçou os períodos que chama de "entressafra". "Nos momentos em que fiquei parada fui fazer cursos de roteiro, me aperfeiçoar no teatro. Nunca desanimei", enfatiza.
E essa determinação parece ser antiga, de antes mesmo dela se tornar atriz. Aos 17 anos, Viétia deixou a cidade de Aracaju, Sergipe, onde nasceu, para estudar artes cênicas em Campinas, São Paulo. Foram muitas peças de teatro, depois vieram os longa-metragens para, enfim, ser apresentada à televisão.
A primeira novela foi Amor e Ódio, de 2001, em que encarnou a vilã Laura. "Foi um trabalho forte, eu fazia uma mulher muito problemática", recorda. Não demorou para Viétia cair nas graças de Silvio Santos e logo veio a segunda vilã da carreira, Celine, de A Pequena Travessa, em 2002
Quando ia fazer a terceira malvada seguida, em Seus Olhos, pediu para interpretar outro tipo de personagem e encarnou a prostituta Dora. "Porque senão eu ia começar a acreditar que era má de verdade", brinca Viétia, ao afirmar que na tevê é perigoso para o ator ficar estigmatizado por um tipo de personagem.
Em 2004, Viétia decidiu se mudar para o Rio de Janeiro. "Foi com a cara e a coragem. Um novo recomeço", avalia. No Rio, passou a fazer participações em novelas da Globo como Celebridade, Belíssima e Páginas da Vida. Com o convite da Rede TV!, foi parar em terras portenhas, onde são feitas outras versões de Donas de Casa Desesperadas da América Latina, como a colombiana e a mexicana.
Foram quatro meses de muito trabalho e pouco turismo na Argentina. "Fazíamos em 5 dias o que americanos demoravam 20 para fazer. Quando chegava o final de semana, só queríamos descansar", conta. Mesmo assim, deu tempo de fazer amizades. "Estreitei meu laços de amizade com a Sônia Braga e a harmonia de todo o elenco é muito boa. Torço por uma nova temporada", adianta Viétia.
Fonte: Site Terra
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