Por Antônio Prado
Muito se discute sobre o papel de Katherine em Desperate Housewives, se ela é uma dona de casa desesperada, ou seja, uma das protagonistas, ou então mais uma aparição que, se sumisse de uma hora para a outra, não faria nenhuma diferença. Eu, como fã da série, exporei minha opinião, e sabendo que muitos discordarão das minhas considerações, peço o máximo de respeito possível, que acatem o que eu digo com a mesma deferência com a qual trato as idéias divergentes sobre o assunto.
Ela apareceu depois de muitos anos de ausência, trazendo na bagagem um segredo que todos supunham desvendado desde o início, o que deixou-nos de queixo caído no final da quarta temporada. Cinco anos depois ela, que era pra ser uma sócia, acaba virando uma mera cozinheira da famosíssima e agora presunçosa Bree Van de Kamp. E por mais que ela seja tratada assim, como uma “ajudante” do papel de Marcia Cross, eu não me conformo com o pensamento segundo o qual ela é uma mera coadjuvante.
Pode até ser que no início season anterior ela tenha se apresentado como, digamos, Betty Applewhite no segundo ano da criação de Marc Cherry. Mas, de um tempo pra cá, do final da temporada antecedente até o exato momento, ela vem ganhando espaço, aparecendo com mais freqüência e ajudando a desvendar o mistério. Aliás, este último item é decisivo na hora de decidir se Katherine é ou não uma desperate housewife.
Aí você vem e me diz: "Se for assim, a mrs. McCluskey também é!". De alguma forma, sim. Só não é por completo porque ela não é posta dentro do centro da história. Se assim fosse, com certeza eu a classificaria também uma dona de casa desesperada.
E, só pra terminar, vou citar Edie Britt. No começo, ela era uma coadjuvante. Só que seu papel foi crescendo, crescendo, e hoje quem ousa negar que ela é uma protagonista? Ninguém que assista a série e esteja em sã consciência já chegou pra mim e disse: "Ei, a Edie é só mais uma personagem que não faria diferença alguma!".
Percebam: se Katherine desaparecer da trama, seja agora ou um pouco antes do fim da série, pode saber que nada mais será o mesmo, pois ela está de tal forma atrelada à história que é impossível não vem que tudo vai desandar se ela simplesmente sumisse.
E eu acho que é isso que faz uma protagonista: ela ser de crucial importância para todo o resto, mesmo que, aos olhos de algum, ela seja "inferor".
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Olha, a rouba nem é tão feia assim. E, esquisita, de um gosto duvidoso. Mas, não é horrorosa e nem de longe é mais feia que a da Teri. A inteprete da Susan ainda está ganhando. Mas, vamos lá, Eva, semana que vem você pode ganhar!
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