sexta-feira, 20 de novembro de 2009

DESPERATE HOUSEWIVES: 6x08 - THE COFFEE CUP

POR ANTÔNIO PRADO

Quando soube que Desperate Housewives tinha conseguido sua melhor audiência na temporada com este The Coffee Cup, a segunda maior da ABC no domingo, ficando atrás somente de Grey’s Anatomy, eu logo fiquei curioso para ver o que o episódio teve de especial que os outros não tiveram. O que vi, em resumo, foi um desenrolar limpo e simples da história e algo que, bem, nos colocou com mais dúvidas ainda...

Mas mesmo tendo sido o episódio aquilo que podemos chamar de “bom”, não vamos eximi-lo completamente de seus erros. Trocando em miúdos, a história entre a Susan e a Katherine. OK, foi bom o Marc Cherry ter levado a história do tiro um pouco mais à frente, porque de storylines mal resolvidas a série está cheia. Mas, sei lá, pode parecer chatice da minha parte, mas achei extremamente desnecessárias todas aquelas cenas. Poderiam ter inventado outra coisa, uma vingança mais criativa, mas tudo o que fizeram foi colocar as duas cumprindo a mesma pena, terminando com os Delfino se engalfinhando três vezes em um dia só e com um discurso daqueles bem melosinhos no final.

Não vou dizer que a atuação foi ruim. Aliás, Dana Delany, no papel de atormentada mental, nunca esteve melhor. Entretanto, como admirador da série, eu tenho que dizer: bem que isso poderia ser utilizado melhor. Talvez um pouco mais de maldade na insanidade de Katherine faça bem...

Ah, e será que a Lynette não passou por gravidezes suficientes para saber que esta é uma das coisas que NÃO se pode esconder por todo o sempre? Agora ou depois, todo mundo acaba sabendo, certo? Certo. Principalmente se este alguém se chama Gabrielle Solis que, no seu ímpeto de sempre querer abraçar as amigas, acabou sentindo um “chute” que, bem, não seria normal de uma barriga. E depois de uma discussão, pela amiga não ter contado antes sobre sua situação, ela acaba contando para Carlos que, em uma cena brilhante, acaba por colocar Lynette numa sinuca de bico: depois de fazer um colega de trabalho desistir de ir para Miami, para quando fosse dar à luz ele pudesse cobri-la, ela só tem uma opção: ir para a Flórida. Isso se quiser continuar com o emprego, claro. E como ela não vai optar por largar sua adorada Alameda das Glicínias, provavelmente vai cair fora e, bem, veremos uma batalha nos tribunais para breve.

E a Gaby é inacreditável! Não digo o fato de ela ter fofocado sobre a gravidez da Lynette, porque isso era totalmente esperado. Digo sobre ela tentando subornar o padre da paróquia para que Juanita pudesse adentrar na escola católica. A cena do confessionário foi a melhor, ela piscando e dizendo que tinha entendido o “recado” do padre Crowley, foi simplesmente hilário, sem contar aquela em que ela descobre que sua oferta seria usada não para os fins que ela desejava e, depois de abraçar o sacerdote – ela esteve cheia de abraços este episódio, não? –, toma dele, desapercebidamente, um cheque. É, ela não tem jeito mesmo!

Outra que não tem jeito nenhum é a Bree. E parece que agora ela vai finalmente enfrentar o dilema: “Devo ficar com meu marido ou com meu amante?”. Depois de uma noite mal planejada com Karl – se é que existe o termo “bem planejado” quando estamos falando de uma traição deste tipo –, Bree acaba se vendo numa situação de perigo e só não é pega no flagra porque Angie, que descobriu seu caso, avisou-a sobre a chegada de Orson e ajudou com que o amante fugisse pela janela. E em uma das melhores cenas de Drea de Matteo em Desperate Housewives – se houve uma só que não pudesse se chamar de excelente; a atriz arrasa! –, ela faz Bree pensar sobre o que está fazendo, e, depois de ponderar, parece que ela ficou ainda mais confusa. Mas eu acho ela se decidir logo, porque o marido que ela tanto despreza, Orson, o Apreciador de Óperas, não pensará duas vezes antes de fazer a mesma coisa que Mary Alice fez na primeira temporada por motivos muito mais diversos.

E agora vamos falar sobre o grande “redemoinho” do episódio: o segundo estrangulamento da temporada. Desta vez, uma garçonete que, horas antes, tinha conversado com Nick de uma maneira um tanto “íntima”, o que irritou Angie. Depois de falar rapidamente no celular com alguém que, aparentemente, ainda não apareceu no episódio, Nick sai do The Coffe Cup e, pouco tempo depois, faltando alguns segundos para o fim do episódio, alguém coloca fim na vida da moçoila – ou não; ainda não se sabe se ela morreu.

Daí, dizemos: das duas, uma: ou o Marc Cherry é burro demais, entregando o segredo nas nossas mãos, ou um gênio, querendo nos enganar mais um pouco. Se bem que o simples fato de nos questionarmos sobre isso já faz dele um grande “enrolador” – o que, no quesito segredo, é essencial.

Eu ainda acho que, apesar do mesmo modus operandi e de as vítimas terem a mesma ocupação, o causador disso tudo é alguém fora da história, em associação com os Bolen, mas ainda fora da história.

O por quê? Ainda escondido, de uma forma mais suculenta do que nunca!

É isso.

Até semana que vem!

Postado também no OSERIESTV.com

1 Comentário:

Anônimo disse...

Adorei seu texto. Ótimo!

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