[REVIEW] 6x07 - CAREFUL THE THINGS YOU SAY
POR ANTÔNIO PRADO
Depois de Don’t Walk on the Grass, episódio que ficou abaixo da excelente média de qualidade que Desperate Housewives vem apresentando nesta temporada, sem nenhuma novidade ou coisa parecida, Careful the Things You Say chegou para tomar a excelência desta season que, como diriam nossos irmãos portugueses, está altamente.
Apesar de ainda não ser totalmente parte do brainstorm que vem sendo a série de Marc Cherry nos últimos episódios, o que eu comento agora chegou para nos revelar mais algumas coisas – ou, como muitos julgaram, nos confundir um pouco mais. Mas, antes de comentar sobre os Bolen, vamos começar com os Solis.
Quem aí desde o início duvidou que aquela ideia da Gaby de homeschooling para a Juanita ia ser daquelas de jerico? Ameaçar a boneca para ensinar frações à filha foi simplesmente o fim da linha – apesar de ela ter continuado insistindo! – e foi aí que ela percebeu a sua falta de tato com a filha. Então, como que por milagre, ela descobre uma Ph.D em matemática dentro de sua casa, Ivana, a diarista. Deixando o serviço de lado e louca para dar umas voltas, Gabrielle faz com que a filha tenha aulas com a ucraniana. O problema é que Carlos, entendendo a real necessidade de Juanita – não ser abandonada pela mãe em um momento não muito confortável –, acaba por fazer um acordo com Gaby que, apesar de não deixá-la totalmente feliz, a alivia um pouco: contratar uma empregada, para que ela pudesse ter mais tempo para ensinar a filha.
Antes dessa decisão, dois momentos ótimos aconteceram: a Gaby indo atrás da Ivana, que tinha sido despedida pelo Carlos, pois ele não sabia a real causa da casa estar tão bagunçada, e ela obrigando-a a esfregar o chão enquanto ensina Juanita, e o Carlos dizendo para ela cuidar só da matemática, que da geografia cuidava ele, depois que a mulher disse que importância tinha saber sobre a perseguição que os mexicanos sofriam até a Argentina por parte dos “cossacos raivosos”. Hilário.
E, ah, quem aí ainda vê uma cena daquelas bem dramáticas, de mãe-e-filha, envolvendo a Gaby e a Juanita?
Agora, as cenas entre a Bree e a Angie foram as melhores do episódio, sem sombra de dúvida. Primeiro, no jantar, quando Orson e a mulher se veem no meio de uma discussão bem italiana – TRADUZINDO gritos e socos na mesa! –, e Bree descobre a ótima cozinheira que é Angie, sem ter, porém, nenhuma vontade de contratá-la, algo que deixou bem claro. Pelo menos até que um pessoal italiano apareceu no bufê e requisitou uma comidinha mediterrânica, algo que Bree não podia fazer, mas que fingiu poder. Então depois de ter nas mãos as receitas de Angie – ou parte delas –, prometendo não divulgá-las ou coisa parecida, ela faz tudo, algo que acaba sendo flagrado pela Sra. Bolen e causando uma briga entre as duas, que foi uma das melhores da série até agora no sentido de me fazer rir! Depois, as coisas ficaram OK, com a Bree contratando a Angie e trazendo-a para cobrir o lugar que Katherine deixou vazio quando, por causa da loucura, foi demitida.
E a Susan? Cara, desde o início da série essa aí precisa de uma dose cavalar de Semancol, porque, sinceramente, mesmo depois de tantas pistas, ela não conseguiu perceber que a detetive Denise Lampera, interpretada pela ótima Kathy Najimy, de Sister Act, era aquela que, no ensino médio, tinha apelidado de Alce e de quem tinha roubado um namorado, mudando completamente o possível futuro da policial.
Entretanto e mesmo em despeito da história entre as duas, a detetive agiu profissionalmente, investigando Katherine, que, depois de ter sido considerada suspeita por Susan, depois de Angie ter colocado caraminholas na cabeça dela – isso, sim, MUITO suspeito... –, é considerada culpada. Mas por causa de um abraço, Susan achou o contrário e foi pedir satisfação, algo que fez com que Denise a trancafiasse por não ter reportado à policial que atirou
Agora vamos falar sobre os Scavo e, consequentemente, os Bolen, que estiveram envolvidos no Julie Mayer’s Affair. Depois de ver Julie brigando com Nick na sala da casa dela, Lynette descobre que ele era o homem com quem ela estava tendo um caso e, com medo de que algo ruim voltasse a acontecer com ela e desconfiando do novo vizinho, ela vai conversar com ele, que a ameaça de uma forma um tanto taxativa. Porém, sem medo, Lynette vai e denuncia o fato à polícia, que volta a colocar Nick na parada dos suspeitos. Então ligam para Angie, dizendo que precisam interrogar o marido sobre tudo isso. O fato é que Nick não sabia que Angie tinha conhecimento do caso e que só não tinha feito nada com ele porque já tinha feito algo que não devia com ele e, mesmo assim, eles foram obrigados a continuar juntos. Então, perguntando se foi perdoado, Nick acaba levando um belo de um soco no meio do nariz, um dos melhores momentos de mulher batendo em marido que eu já vi em qualquer série.
E uma coisa: eu estou me apegando muito aos Bolen, mais especialmente à Angie. Eu ainda não sei qual é o mistério da temporada, afinal, e começo a achar que o ataque à Julie é só um despiste daquilo que está verdadeiramente escondido, ou então uma peça mínima neste novo quebra-cabeça, mas se não envolvesse a morte ou a prisão da personagem de Drea de Matteo – que vem se mostrando ainda melhor que na época de The Sopranos, onde já era excelente – gostaria muito que ela continuasse
Bem, por enquanto é isso!
Até semana que vem!
1 Comentário:
Achei bom esse episódio, mas meio fraco. A série começou bem e foi diminuindo, mas ainda está muito melhor do que a temporada passada.
E eu também quero a Angie como regular na série, acho dificil, mas se a Katherine que fazia parte do mistério da 4 temporada ficou, quem sabe a Angie também fica.
Pra mim a trama dela e da Bree foi a melhor coisa desse episódio.
Faltou Katherine nesse episódio, que eu tenho amado como louca.
E a Ana desapareceu...
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