POR ANTÔNIO PRADO
Este Chromolume No. 7 foi, com certeza, um dos melhores episódios da temporada até agora, revelando, enfim, o segredo de Angie, além de trazer as participações de Heidi Klum e Paulina Periskova como elas mesmas e nos dando um final emocionante, com Bree descobrindo que Sam é filho de Rex e os efeitos que isso pode causar em Andrew, que está visivelmente enfurecido e pode vir a se tornar novamente o bad boy das primeiras temporadas.
Quem aí conhece bem sogra sabe que ela sempre defende o filho homem e, caso ele não exista, o genro, certo? Bem, neste caso, em que a dita cuja tem somente uma filha mulher muitíssimo bem colocada na situação de criança, a raiva se dirigiu a uma linda moça russa, Irina, que Preston, voltando de sua viagem da Europa, trouxe de mala e cuia para a casa, algo que, sinceramente, remexeu com o fígado de Lynette, que, com olhares e trejeitos, e, mais tarde, com palavras e atitudes veladas, mostrou estar completamente desagrada com a situação. Tanto que, indo ao joalheiro, faz com que ele faça uma cópia barata de um anel de família, para que o filho o dê a sua noiva e ela prove o seu ponto de que ela é uma “trambiqueira”. Mas, para seu desapontamento, a moça ou se mostrou mais esperta – o que é bem mais provável – ou está fingindo de boba para dar um golpe maior, porque, sei lá, essa história parece que ainda vai dar muito pano pra manga.
As melhores cenas da Lynette neste episódio foram as da joalheria, em que Jimmy, o joalheiro, a congratula pelo noivado do filho e a Sra. Scavo logo em seguida diz que odeia a nora, e quando ele diz que o rapaz provavelmente a odiará quando descobrir que o anel é uma cópia, ao que ela responde que tem filhos exatamente por isso: para substituir aqueles que já a odeiam. Hilário!
E como Wisteria Lane não comporta tanta gente assim, Angie e Gabrielle, depois de descobrirem que Danny e Ana estão juntos em Nova York, resolvem pegar o primeiro avião que veem pela frente e voam para a cidade de Betty Suárez. Chegando lá, depois de tentar encontrar Danny e Ana em todo quanto é canto, Angie resolve procurá-los no último lugar possível: na casa de sua mãe que, de primeira, a recebe mal, mas depois de perceber o perigo que o neto sofre, resolve deixá-lo ir com a mãe, ficando Ana, depois de receber uns conselhos de Gaby como ser bem-sucedida no mundo da moda – ou seja, não ser mesquinha como ela foi –, na Big Apple. E, no avião, Angie resolve se abrir, depois da insistência da vizinha, sobre o seu passado, e acaba contando que, por querer salvar o mundo etcoetera, etcoetera, acabou se entregando a um tal Patrick Logan que a convenceu de matar uma pessoa, a praticar um ato de terrorista, digamos, verde. E, depois disso, ela passou a fugir dele, de modo que ele não possa lhe fazer nenhum mal, nem a ela, nem a Danny, que se revelou sendo filho deste antigo namorado.
Pra dizer bem a verdade, eu acho que o segredo foi bem muxoxo, do tipo que, bem, não exatamente estraga a temporada, mas que não a coroa como ela deveria. Tipo, eu esperava bem mais de uma season que era pra ser meio que a volta aos tempos de ouro de Desperate Housewives. Mas, de qualquer forma, ainda temos uns seis episódios pela frente e esse tal de Patrick Logan pode causar muito alvoroço ainda, e eu acho que é aí que a temporada vai ser redimir totalmente. Espero algo mais ou menos do tipo Wayne Davis, o Ex Psicopata.
E a coisa pegou pro lado da Bree, que se viu completamente incomodada com o fato de Andrew ter sentido tanto ciúme e raiva de Sam com a sua nomeação para vice-presidente. Até aí, não rolou grande coisa; o negócio bom chegou mesmo no final do episódio, quando a Bree, entrando na casa de Sam e vendo suas fotografias na parede, descobre que seu defunto marido, Rex, é pai do seu novo sócio. E, depois de resistir às explicações, Bree deixa o rapaz se explicar, o que levou a uma das cenas mais bonitas de Desperate Housewives de todos os tempos: Sam contando a sua história, com o lance de passar em frente à casa dos Van de Kamp várias noites e imaginar porque o seu pai tinha escolhido Bree e seus filhos e não ele. Foi muito legal, eu gostei bastante. Uma cena simples, sem nada demais, mas que foi realmente tocante.
Ah, e aquele olhar do Andrew na janela, quando vê a mãe abraçando Sam, sem fazer ideia de que ele é seu meio-irmão me diz que ele vai fazer maldade e meia com o moço. Aguardem...
E daí temos a Katherine, que não sabe exatamente o que quer, depois de passar uma noite com a Robin, mas que no final do episódio descobre o que quer – que é ficar com a ex-stripper – e a Susan às voltas com o Mike que, depois de descobrir que ela pagou seu empréstimo e o fato de Katherine ter se revelado lésbica – e toda a “embananação” que Susan trouxe aos diálogos deles! –, se sentiu um homem castrado. Não vou me estender muito nos comentários sobre esses dois núcleos porque não tem muito o que comentar, valeu?
Bem, é isso!
Até o próximo review, se o tempo me permitir!
Chromolume No. 7 teve uma audiência apurada em 11.7mi de telespectadores, a segunda maior da temporada, depois da de You Gotta Get a Gimmick.
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