sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Desperate Housewives: 6x10 - Boom Crunch

Enfim, mais uma vez a catástrofe visitou Wisteria Lane, ceifando algumas vidas e abalando tantas outras. Mas, entre mortos e feridos, salvaram-se todos, e é sobre isso que eu quero comentar: sobre este episódio que, apesar de trazer em si, principalmente nos momentos finais, uma carga de sofrimento quase banalizado, resplandeceu como um dos melhores da série nesta temporada, com mais alguns momentos brilhantes.

As coisas começaram a ser contadas a partir de três dias antes do grande acidente, quando durante os preparativos para a festa já não estavam indo muito bem. Magoadas uma com a outra, Lynette e Gabrielle começaram a agir de forma hostil na frente de todos os vizinhos, o que os levou a conhecer todos os “segredos” envolvendo o problema, desde a gravidez escondida até o processo contra Carlos por ter defendido a mulher de Tom Scavo. Tudo poderia parar aí, mas não parou, o que gerou uma cena hilariante: durante a apresentação do coral natalino, as duas começam a discutir uma com a outra, usando cada qual de um sarcasmo impressionante – principalmente a latina, que parecia com o diabo da raiva dentro de si –, com direito à derrubada da Bree na frente de todo mundo e à entrada do Lee no coral, dizendo que tudo aquilo era um “milagre natalino” para ele. (E se vale lembrar, aqui vai a piadinha hilária da Mrs. McCluskey quando ele se ofereceu para participar do evento, dizendo que podia fazer uma voz bem aguda: “Nós seremos as Jingle Belas, não as Jingle Bolas...”)

O melhor momento para as duas, principalmente para a Gaby, que, tendo um de seus raros instantes de genuíno desespero, se deparou por alguns segundos com a possibilidade de ver sua caçula morta, quando, de repente, a mulher que ela mais odiava naquele momento, Lynette, arrisca sua própria vida para salvá-la. Foi lindo, com certeza compensou toda a inércia de Celia na série até agora.

E eu juro por Deus que, se a Gabrielle e o Carlos não perdoarem a Lynette, de coração, eu deixo de ter o mínimo de gosto por eles. Afinal, por mais triste que a Lynette estivesse triste por toda a situação, ela se pôs na frente daquele aeroplano para salvar a filha dos Solis. Não só a sua própria vida, mas de um dos gêmeos que está esperando, visto alguns spoilers que andam por aí...

Agora que tal falar um pouco da Katherine? Ela, que no episódio passado, esfaqueou-se, e neste, usando-se de um plano elaborado por sua cabeça completamente biruta, colocou o Mike na cadeia, acabou por receber uma visitinha de sua filha Dylan – a quem tinha pedido para não vir, mas que acabou vindo, depois que Susan fingiu ser uma médica e requisitou sua presença no hospital, depois de Bob, que é seu advogado, ter dito que só um familiar pode abrir as portas da psiquiatria para alguém --, que, depois de descobrir que sua mãe está beirando a insanidade total, resolve colocá-la em tratamento. E, em mais uma cena forte de Dana Delany nesta temporada, ela tenta fugir do Fairview Hospital e, sendo capturada ali mesmo, no lobby, chora bem doido e repete uma frase que nunca vai sair da minha cabeça e de muitos fãs de Desperate Housewives: “Eu te pedi para não vir.”

E já que estamos na ruiva, vamos direto para a Bree que, neste episódio, viu o seu maior medo se realizar: Orson descobriu que ela estava tendo um caso com Karl. Depois de pedir o divórcio para ele, chantageando-o com a foto que ela tirou dele com o Lamar, seu ex-colega de presídio, ela descobre que seu marido só estava blefando e que nunca mandaria Bree para a cadeia. Mas o pior foi o que aconteceu depois: ao descobrir que Karl mandou um monomotor sobrevoar Wisteria Lane com uma mensagem amorosa para ela amarrada na cauda, mesmo diante dos protestos de Bree para não fazê-lo, o advogado vai até o ex-dentista para confessá-lo sobre tudo, e usam-se da casinha do Papai Noel para tanto. Depois de pegarem lá dentro, o avião passa e uma das primeiras coisas que bota abaixo é exatamente a dita cabana, deixando uma mão ensanguentada para o lado de fora, que, diante dos spoilers já lançados, julgamos ser Karl.

Guardando o melhor para o final, os Bolen viram-se enroscados com a vizinha fofoqueira de Wisteria Lane, a enfermeira Mona Clark, que, depois de jogar verde, acabou colhendo maduro, da boca de Danny, toda a história envolvendo sua misteriosa família, dando-nos mais pistas sobre o que realmente aconteceu, como, por exemplo, que o que causou a cicatriz nas costas de Angie foi um ataque terrorista acontecido há muito tempo. Então, aproveitando-se do fato que, pelo visto, seria capaz de arruinar com a vida de cada um daquela família, Mona resolve chantageá-los – afinal, o que é Wisteria Lane sem uma chantagenzinha aqui e outra acolá? – e pede US$67mil para guardar tudo aquilo dentro de si. Entretanto, só consegue US$10mil e um anel da família de Angie, o que a faz exigir mais. O que não vai receber, porque, pelo visto, está morta.

No geral, este episódio seguiu a linha da temporada, ou seja, esteve ótimo, mas, bem, eu esperava um pouco mais de destruição. Entretanto, o fato de Marc Cherry ter se atido mais à destruição pessoal do que à física, fez do Boom Crunch uma maravilha – se é que podemos de chamar de “maravilha” um desastre...

Bem, é isso!

Desculpem a demora e até janeiro, com mais um episódio de Desperate Housewives!

DESPERATE HOUSEWIVES

A QUEDA DO AVIÃO


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